Frutíferas

O Rambutan (Nephelium lappaceum) é uma fruta tropical nativa do sudeste asiático, originária especificamente da região que compreende a Malásia e a Indonésia. Pertence à família Sapindaceae, a mesma do lichia e do longan. Seu nome deriva da palavra malaia "rambut", que significa "cabelo", em referência aos espinhos flexíveis e pilosos que cobrem a casca do fruto. Foi cultivado por séculos nas florestas tropicais do arquipélago malaio antes de se espalhar para outros países do sudeste asiático como Tailândia, Vietnã, Filipinas e sul da China. Durante o período colonial, foi introduzido em outras regiões tropicais do mundo, incluindo América Central, Caribe e norte da América do Sul. No Brasil, seu cultivo comercial é relativamente recente, tendo sido introduzido na década de 1980, principalmente na região Norte (Amazônia) e em partes do Nordeste, onde encontrou condições climáticas semelhantes às de seu habitat natural.

• Plante em local ensolarado, com proteção contra ventos fortes
• Solo profundo, bem drenado, rico em matéria orgânica, com pH entre 5,5 e 6,5
• Espaçamento adequado: 8 a 10 metros entre plantas para cultivo tradicional
• Irrigação regular, especialmente nos primeiros anos e durante períodos secos
• Adubação equilibrada com NPK e micronutrientes, especialmente magnésio e ferro
• Podas de formação nos primeiros anos e de manutenção posteriormente
• Proteção contra geadas, pois não tolera temperaturas abaixo de 10°C
• Controle preventivo de pragas e doenças, especialmente fungos e cochonilhas
• Cobertura do solo com matéria orgânica para manter umidade e nutrientes
• Necessidade de alta umidade relativa do ar (acima de 75%)

O rambutanzeiro apresenta crescimento moderado a rápido e precocidade produtiva intermediária, iniciando sua produção geralmente entre o quarto e sexto ano após o plantio quando propagado por mudas enxertadas. Atinge produção comercial significativa por volta do oitavo ao décimo ano, quando pode produzir entre 150 a 300 kg de frutos por planta anualmente, dependendo das condições de cultivo e manejo. A floração ocorre principalmente no início da estação chuvosa, com flores pequenas, esverdeadas ou branco-amareladas, dispostas em panículas. Os frutos se desenvolvem ao longo de 4 a 5 meses até atingirem a maturação completa. Em regiões próximas ao equador, com clima quente e úmido durante todo o ano, pode apresentar mais de uma florada anual, resultando em safras escalonadas. Com manejo adequado, a planta mantém boa produtividade por 15 a 25 anos. A colheita é realizada quando os frutos atingem coloração vermelha ou amarela intensa (dependendo da variedade) e os espinhos se tornam mais flexíveis.

O rambutan é uma fruta oval a arredondada, com 3 a 6 cm de diâmetro, facilmente reconhecível pelos numerosos espinhos flexíveis e pilosos que cobrem sua casca. A casca é relativamente fina, de coloração vermelha a amarela quando madura, dependendo da variedade. Sob esta casca encontra-se a parte comestível, um arilo translúcido, branco a perolado, suculento e doce, que envolve uma única semente oval e achatada. A polpa tem textura firme e suculenta, semelhante à da uva sem sementes, com sabor doce e levemente ácido, frequentemente comparado ao da lichia, porém mais suave e menos perfumado. O teor de açúcar varia entre 16 e 20° Brix, com acidez baixa a moderada. É rica em vitamina C, cálcio, ferro, proteínas e antioxidantes. Os frutos mantêm qualidade por 3 a 5 dias em temperatura ambiente e até 2 semanas sob refrigeração adequada, desde que mantidos com os espinhos intactos, que ajudam a preservar a umidade da casca e, consequentemente, a qualidade da polpa.

• Árvore de médio a grande porte, atingindo 12 a 25 metros de altura
• Copa densa e arredondada, proporcionando excelente sombreamento
• Sistema radicular profundo e extenso, sensível à compactação do solo
• Folhas compostas, perenes, com 3 a 8 folíolos alternados, verde-escuras e brilhantes
• Flores pequenas, esverdeadas ou branco-amareladas, dispostas em panículas
• Planta geralmente dioica (flores masculinas e femininas em plantas separadas)
• Frutos em cachos, com casca coberta por espinhos flexíveis e pilosos
• Excelente adaptação a climas tropicais quentes e úmidos
• Sensibilidade a ventos fortes que podem danificar ramos e derrubar frutos
• Valor ornamental adicional pela beleza da folhagem e dos frutos