Frutíferas

O Pêssego Anão (Prunus persica var. nana) é uma variedade compacta do pessegueiro tradicional, desenvolvida através de programas de melhoramento genético. O pessegueiro original é nativo da China, onde foi cultivado por mais de 4.000 anos antes de se espalhar pela Pérsia (atual Irã) e posteriormente para a Europa e outras partes do mundo. Pertence à família Rosaceae, a mesma das maçãs e ameixas. As variedades anãs foram desenvolvidas principalmente no século XX, visando atender à demanda por árvores frutíferas de menor porte, adequadas para pequenos espaços e cultivo em vasos. No Brasil, as pesquisas com pessegueiros de baixa necessidade de frio e porte reduzido foram intensificadas a partir da década de 1960, principalmente pela Embrapa e institutos estaduais de pesquisa, resultando em cultivares adaptadas às condições climáticas brasileiras e com características de nanismo que facilitam o manejo e a colheita.

• Plante em local ensolarado, com pelo menos 6 horas de sol direto por dia
• Solo bem drenado, levemente ácido, com pH entre 6,0 e 6,5
• Espaçamento adequado: 2 a 3 metros entre plantas (menor que o pessegueiro tradicional)
• Irrigação regular, mantendo o solo úmido mas não encharcado
• Adubação equilibrada com NPK e micronutrientes, especialmente potássio e cálcio
• Podas de formação e frutificação são essenciais para boa produção
• Raleio de frutos para garantir tamanho e qualidade adequados
• Controle preventivo de pragas e doenças, especialmente fungos e insetos
• Proteção contra geadas tardias que podem danificar flores e frutos jovens
• Necessidade de horas de frio variável conforme a cultivar (100 a 300 horas abaixo de 7,2°C)

O pessegueiro anão apresenta precocidade produtiva em comparação com variedades tradicionais, iniciando sua produção geralmente entre o segundo e terceiro ano após o plantio. Atinge produção plena por volta do quarto ao quinto ano, quando pode produzir entre 10 a 25 kg de frutos por planta anualmente, dependendo da variedade e condições de cultivo. A floração ocorre no final do inverno e início da primavera, após o período de dormência, e os frutos amadurecem aproximadamente 3 a 4 meses após a floração. Com manejo adequado, a planta mantém boa produtividade por 8 a 12 anos, período inferior ao do pessegueiro tradicional, mas compensado pela facilidade de manejo e colheita. A produção é concentrada em uma safra anual, embora algumas variedades de baixa exigência em frio possam apresentar pequenas produções fora de época em regiões de clima mais quente.

Os frutos do pessegueiro anão são praticamente idênticos aos do pessegueiro tradicional em termos de qualidade, diferindo apenas no volume de produção por planta. São drupas arredondadas, com diâmetro de 5 a 8 cm, casca aveludada que varia do amarelo-esverdeado ao vermelho-intenso, dependendo da variedade. A polpa pode ser branca, amarela ou avermelhada, suculenta, aromática e doce, com acidez equilibrada. O sabor é característico, intenso e perfumado, com teor de açúcar variando entre 8 e 14° Brix. São ricos em vitaminas A e C, potássio, fibras e antioxidantes. Existem variedades de polpa aderente ao caroço (durázia) e de polpa livre (prisca), cada uma com características específicas de textura e sabor. Os frutos mantêm qualidade por 3 a 7 dias em temperatura ambiente e 1 a 2 semanas sob refrigeração adequada, sendo relativamente perecíveis após a colheita.

• Árvore de porte reduzido, atingindo 1,5 a 2,5 metros de altura
• Copa compacta e arredondada, ideal para pequenos espaços
• Sistema radicular menos vigoroso que o pessegueiro tradicional
• Folhas lanceoladas, verde-escuras, com bordas serrilhadas
• Flores solitárias ou em grupos de 2-3, rosadas a avermelhadas, muito ornamentais
• Adaptação a diferentes climas, com variedades de baixa, média e alta exigência em frio
• Frutos com casca aveludada e polpa suculenta, idênticos aos do pessegueiro tradicional
• Excelente opção para cultivo em vasos e pequenos jardins
• Facilidade de manejo e colheita devido ao porte reduzido
• Valor ornamental adicional pela beleza da floração e folhagem