Frutíferas

O Louro (Laurus nobilis) é uma árvore nativa da região mediterrânea, particularmente da Grécia, Itália, França e Espanha, onde cresce espontaneamente em florestas e encostas montanhosas. Pertence à família Lauraceae e é cultivado há mais de 3.000 anos, sendo uma das plantas aromáticas mais antigas utilizadas pela humanidade. Na Grécia Antiga, o louro era considerado sagrado, dedicado ao deus Apolo, e suas folhas eram usadas para confeccionar coroas que simbolizavam vitória e sabedoria. Foi introduzido no Brasil pelos colonizadores portugueses no século XVI, adaptando-se bem às regiões Sul e Sudeste do país. Embora seja tradicionalmente classificado como planta condimentar, o louro é frequentemente cultivado como árvore frutífera ornamental devido à sua beleza, versatilidade e aos pequenos frutos (bagas) que produz, além do valor culinário e medicinal de suas folhas aromáticas.

• Plante em local ensolarado a meia-sombra, protegido de ventos fortes
• Solo bem drenado, fértil, com pH entre 6,0 e 7,5
• Espaçamento adequado: 3 a 4 metros entre plantas quando cultivado como árvore
• Irrigação moderada, evitando encharcamento; tolera períodos de seca após estabelecimento
• Adubação orgânica no plantio e fertilização leve duas vezes ao ano
• Podas de formação para manter formato desejado (pode ser conduzido como arbusto ou árvore)
• Excelente opção para cultivo em vasos grandes quando espaço é limitado
• Proteção contra geadas severas em regiões mais frias
• Controle preventivo de cochonilhas e ácaros, principais pragas que podem afetar a planta
• Colheita de folhas maduras (após 2-3 anos) para melhor sabor e aroma

O loureiro é uma planta de crescimento relativamente lento, mas de grande longevidade, podendo viver por mais de 100 anos. Inicia a produção de folhas adequadas para colheita a partir do segundo ou terceiro ano após o plantio. As folhas podem ser colhidas durante todo o ano, mas têm melhor aroma e sabor quando maduras. A floração ocorre geralmente na primavera (setembro a novembro no Brasil), com pequenas flores amareladas, e os frutos (bagas) amadurecem no outono, cerca de 6 meses após a floração. A planta atinge seu porte adulto entre 8 e 10 anos, quando pode alcançar 3 a 10 metros de altura, dependendo das condições de cultivo e podas. Uma característica interessante é que o loureiro é uma planta dioica, ou seja, existem exemplares masculinos e femininos, sendo necessária a presença de ambos para a produção de frutos.

Os frutos do loureiro são pequenas bagas ovoides (1-1,5 cm), que inicialmente apresentam coloração verde, tornando-se pretas e brilhantes quando maduras. Embora não sejam comumente consumidos in natura devido ao seu sabor amargo e forte, os frutos contêm um óleo essencial aromático utilizado na indústria de perfumaria e cosmética. As sementes podem ser processadas para extração de óleo fixo com propriedades medicinais. Contudo, o verdadeiro valor do loureiro está em suas folhas, que são ricas em óleos essenciais (principalmente cineol, eugenol e pineno), responsáveis pelo aroma característico e propriedades medicinais. As folhas frescas contêm maior concentração de óleos essenciais que as secas, mas estas últimas são mais comumente utilizadas na culinária por sua praticidade e concentração de sabor.

• Árvore perene de porte médio, podendo atingir 3 a 10 metros de altura
• Copa densa, cônica a arredondada, com folhagem verde-escura brilhante
• Folhas coriáceas, lanceoladas, aromáticas, com 6-12 cm de comprimento
• Tronco ereto com casca lisa e acinzentada
• Flores pequenas, amareladas, agrupadas em umbelas
• Frutos (bagas) ovoides, pretos quando maduros
• Planta dioica (exemplares masculinos e femininos separados)
• Excelente valor ornamental, podendo ser utilizada em topiaria
• Folhas amplamente utilizadas como condimento na culinária mediterrânea
• Propriedades medicinais reconhecidas: digestivas, antissépticas e anti-inflamatórias