Frutíferas

A ameixa roxa (Prunus domestica) tem suas origens no Cáucaso, Ásia Menor e leste da Europa, sendo uma das frutas cultivadas há mais tempo pela humanidade, com registros que datam de mais de 2.000 anos. Esta variedade específica foi desenvolvida através de seleção e melhoramento genético ao longo de séculos, resultando em frutos de polpa suculenta e coloração roxa intensa. Introduzida no Brasil no século XIX por imigrantes europeus, adaptou-se bem às regiões de clima temperado e subtropical de altitude, tornando-se uma importante cultura frutífera em estados como São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina.

• Plante em local ensolarado, com pelo menos 6 horas de sol direto por dia
• Solo bem drenado, fértil, com pH entre 5,5 e 6,5
• Espaçamento adequado: 5 a 6 metros entre plantas
• Irrigação regular, especialmente durante a formação dos frutos
• Adubação orgânica no plantio e fertilização periódica com NPK
• Podas de formação nos primeiros anos e de frutificação anualmente
• Necessita de horas de frio (abaixo de 7,2°C) para quebra de dormência
• Controle preventivo de pragas e doenças, especialmente cochonilhas e fungos
• Raleio de frutos para garantir tamanho e qualidade
• Proteção contra geadas tardias que podem afetar a floração

A ameixeira roxa inicia sua produção entre o terceiro e quarto ano após o plantio quando propagada por enxertia. Atinge produção plena a partir do sexto ano, quando pode produzir entre 15 a 30 kg por planta anualmente. A colheita ocorre geralmente entre dezembro e fevereiro no Brasil, dependendo da região e altitude. A planta tem longevidade produtiva de 15 a 20 anos, com pico de produção entre o oitavo e décimo segundo ano. Após a floração, os frutos levam cerca de 120 a 150 dias para atingir a maturação completa.

Os frutos da ameixa roxa são de excelente qualidade, com tamanho médio (40-60g), formato oval a arredondado e coloração roxa-escura a quase preta quando maduros, cobertos por uma fina camada de pruína (cera natural). A polpa é amarelo-âmbar a avermelhada, suculenta, doce com leve acidez, aromática e de textura firme. Apresenta alto teor de açúcares (15-18° Brix), fibras, vitaminas A, C e do complexo B, além de minerais como potássio e ferro. Rica em antioxidantes, especialmente antocianinas e compostos fenólicos, que conferem benefícios à saúde, incluindo propriedades anti-inflamatórias e proteção cardiovascular.

• Árvore de porte médio, atingindo 4 a 6 metros de altura
• Copa arredondada a piramidal, com folhagem verde-escura caduca
• Sistema radicular moderadamente profundo
• Floração abundante, com pequenas flores brancas agrupadas
• Autofértil, mas beneficia-se da polinização cruzada para maior produtividade
• Frutos com caroço central aderente ou semi-aderente à polpa
• Boa resistência ao transporte e armazenamento quando colhida no ponto correto
• Adaptação a regiões com acúmulo de 300 a 500 horas de frio hibernal
• Excelente para consumo in natura, geleias, compotas e destilados
• Propriedades medicinais reconhecidas, especialmente como laxante natural